segunda-feira, 24 de junho de 2019

Asteróide do tamanho da Torre Eiffel vai passar pela Terra. É a segunda maior aproximação em 120 anos


Na segunda-feira, dia de S. João, um asteróide de enormes dimensões – que pode ser tão grande como a Torre Eiffel – vai passar pela Terra a mais de 45 mil quilómetros por hora.

O asteróide, conhecido como 441987 (2010 NY65), deverá medir entre 130 e 300 metros de diâmetro, de acordo com o Centro para Objetos Próximos à Terra – ou Near Earth Objects (NEOs) – da NASA.

As estimativas apontam que o objeto fará a sua maior aproximação à Terra esta segunda-feira às 16h59, passando a cerca de 2,92 milhões de quilómetros do nosso planeta – cerca de 7,5 vezes a distância da Terra à Lua.

Apesar de, em termos cósmicos, esta distância não ser muito grande, o asteróide não tem nenhuma probabilidade de atingir o nosso planeta.

Sendo que orbita o Sol, o NY65 aproxima-se da Terra uma vez por ano. De facto, a passagem esta segunda-feira será a segunda mais próxima desde, pelo menos, 1900, de acordo com as projeções dos seus movimentos passados. A única passagem mais próxima aconteceu o ano passado, quando o asteróide passou a 2,78 milhões de quilómetros do planeta.

Descoberto pela primeira vez em julho de 2010 pelo Wide-Field Infrared Survey Explorer(WISE) da NASA, o NY65 é particularmente interessante para os astrónomos porque as suas abordagens recentes levaram-no muito próximo da Terra, havendo tendência de continuar assim durante vários anos.

Isso faz com que seja um bom candidato a estudar o chamado “efeito Yarkovsky – uma força que atua num corpo giratório no espaço – que exige que os cientistas tomem medições de radar em múltiplos encontros próximos”, segundo a NASA. Tais observações podem ajudar os investigadores a entender mais sobre o objeto e poderia fornecer uma estimativa sobre a sua massa.

Observações anteriores realizadas em 2015 usando o radar de Arecibo em Porto Rico, por exemplo, forneceram algumas informações básicas sobre o tamanho do objeto e a taxa de rotação. Também revelaram uma característica na superfície que poderia ser uma cratera.

O asteróide também é interessante para os cientistas porque é classificado como um Near Earth Object (NEO), que é considerado “potencialmente perigoso”. NEO é um termo que se refere a qualquer asteróide ou cometa cuja órbita o faça dentro de 194 milhões de quilómetros do Sol, bem como dentro de aproximadamente 48 milhões de quilómetros da Terra.

A classificação “potencialmente perigosa” refere-se a qualquer NEO que tenha uma probabilidade (tipicamente pequena) de colidir com a Terra – ou seja, a distância de aproximação mínima prevista é inferior a 7,4 milhões de quilómetros – e é potencialmente maior que 140 metros de diâmetro.

Se uma rocha espacial deste tamanho atingisse a Terra, causaria devastação em regiões localizadas no caso de impacto sobre a terra, ou um tsunami que poderia danificar seriamente as áreas baixas se atingisse o oceano. Segundo a NASA, estes impactos ocorrem aproximadamente a cada dez mil anos em média.

A colisão de um asteróide de 300 metros teria efeitos ainda mais amplos e poderia resultar em mudanças climáticas globais que poderiam durar anos. O impacto poderia produzir uma força explosiva contendo 65 mil vezes mais energia do que a bomba atómica de Hiroshima.

Felizmente, estes impactos são extremamente raros. A grande maioria dos objetos que colidem com o nosso planeta é pequena – menos de 9 metros – e queima na atmosfera, por isso nem sequer notamos.

Atualmente, os investigadores sabem da existência de mais de 19.000 NEOs – dos quais cerca de 2.000 são considerados potencialmente perigosos – com cerca de 30 novas descobertas por semana. A NASA estima que dois terços dos NEOs com mais de 140 metros ainda precisam de ser descobertos.

Fonte: ZAP

Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...