Novas imagens do asteróide Pallas reveladas recentemente pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) mostram que a sua superfície é repleta de crateras, semelhante à textura de uma bola de golfe.
Pallas, assim batizado em homenagem à deusa grega da sabedoria, foi descoberto em 1802. Com quase 400 quilómetros de diâmetro, é o terceiro maior objeto do cinturão de asteróides, possuindo cerca de um sétimo do tamanho da Lua.
Agora, uma nova investigação levada a cabo por cientistas do MIT revelou imagens detalhadas deste corpo rochoso que demonstram que a sua estranha fisionomia se deve a uma série de impactos que sofreu no passado.
“A órbita de Pallas implica impactos a uma velocidade muito elevada”, explicou o autor principal do estudo, Michael Marsset, citado em comunicado. “A partir destas imagens, podemos dizer agora que Palla é o objeto com mais crateras que conhecemos no cinturão de asteróide. É como descobrir um mundo novo”.
A tilted orbit may explain the asteroid Pallas’ highly cratered surface, @MIT researchers report. "From these images, we can now say that Pallas is the most cratered object that we know of in the asteroid belt. It’s like discovering a new world.”https://t.co/oCR5RCZ5Iw pic.twitter.com/61tQ7AsK38— MIT EAPS (@eapsMIT) February 10, 2020
Ao todo, foram identificadas 36 crateras com mais de 30 quilómetros de diâmetro, aproximadamente um quinto do diâmetro da cratera Chicxulub, no México, cujo impacto na Terra terá ditado o fim dos dinossauros há 65 milhões de anos.
Estas crateras parecem cobrir pelo menos 10% da superfície de Pallas, o que “sugere uma história violenta de colisão”, escreveram os cientistas no novo artigo, cujos resultados foram esta semana publicados na revista científica especializada Nature Astronomy.
Os cientistas do MIT suspeitam que o passado violento de Pallas esteja relacionado com a sua órbita enviesada: enquanto que a maioria dos objetos no cinturão de asteróides se move mais ou menos ao longo do mesmo trajeto elíptico em torno do Sol, a órbita inclinada de Pallas faz com que passe pelo cinturão em ângulo.
Por este motivo, sustenta a equipa, qualquer colisão que Pallas sofra causará cerca de quatro vezes mais danos do que colisões entre dois asteróides de uma mesma órbita.
Fonte: ZAP
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