A falta de habitat, a elevada exposição a pesticidas e a poluição luminosa são algumas das maiores ameaças à sobrevivência dos pirilampos.
“Estes animais conseguem sobreviver em praticamente qualquer lugar. Porém, algumas espécies estão a ser especialmente atingidas pela perda de habitat porque precisam de condições específicas para completar o seu ciclo de vida”, explica Sara Lewis, bióloga da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, e principal autora do estudo agora publicado na revista científica BioScience.
O pirilampo da Malásia (Pteroptyx tener), por exemplo, vive durante a fase larval em manguezais junto ao rio, muitos dos quais foram arrancados para dar lugar a plantações de óleo de palma e pisciculturas, adianta o site Science Alert.
Dos dez possíveis fatores que levam à extinção das espécies, os especialistas apontaram a perda de habitat como a principal ameaça em todos os lugares analisados, exceto na Ásia Oriental e na América do Sul. Nestas regiões, contudo, a luz artificial é a maior ameaça.
“Além de interromper os biorritmos naturais, a poluição luminosa realmente atrapalha os rituais de acasalamento dos pirilampos”, declara o coautor da pesquisa e estudante de doutoramento na mesma universidade, Avalon Owens.
Muitas espécies dependem da sua capacidade de brilhar para encontrar e atrair parceiros. E, para além deste problema, a janela de oportunidade do acasalamento é muito estreita: enquanto a fase larval do pirilampo dura meses, ou até mesmo anos, os adultos geralmente só vivem alguns dias. De acordo com o mesmo site, os animais estão tão focados em reproduzir-se que chegam a deixar de comer.
A investigação descobriu ainda que os pirilampos também estão a ser dizimados pela elevada exposição a pesticidas — a terceira maior ameaça — e, involuntariamente, pelo nosso fascínio com a sua capacidade de brilhar.
Em países como o Japão, a Malásia ou Taiwan, é muito comum encontrar atividades turísticas dedicadas à observação destes pequenos insetos. Graças a isso, os ecossistemas também acabam por sofrer, sendo danificados pelo excesso de pedestres.
E, embora as alterações climáticas ainda não sejam vistas como uma ameaça atual, a futura subida do nível do mar e a seca também podem acelerar esta extinção.
Fonte: ZAP
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