quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Módulo de foguetão da Space X em risco de colidir com a Lua em março


O Falcon 9 foi lançado em 2015, mas o seu módulo superior ficou "abandonado" num local sem combustível nem energia. Especialistas dizem que, "muito provavelmente", irá atingir o lado mais distante da Lua, perto do Equador, a 4 de março.

Sete anos depois do lançamento da missão interplanetária da Space X, uma parte do Falcon 9 poderá estar em rota de colisão com a Lua. O foguetão foi originalmente lançado na Flórida, em fevereiro de 2015, mas o seu módulo superior acabou por ficar "abandonado" num local sem "combustível para regressar à Terra", nem "energia para escapar da gravidade Terra-Lua". Os especialistas avançam que a colisão poderá acontecer em março.

O anúncio foi feito pelo analista de dados Bill Gray, que escreve o Project Pluto, um software especializado na deteção de objetos próximos da Terra. Citado pelo The Guardian, Gray adianta que o módulo superior do Falcon 9 irá "muito provavelmente" atingir o lado mais distante da Lua, perto do Equador, a 4 de março.

O analista acrescentou que o objeto "fez um sobrevoo lunar próximo a 5 de janeiro", mas vai causar "um certo impacto a 4 de março". De acordo com observadores do espaço, o foguetão, que pesa quatro toneladas, deverá colidir com a superfície da Lua a uma velocidade de 2,58km/segundo.

O local exato da colisão é incerto devido ao efeito imprevisível da luz solar sobre o foguetão e à "ambiguidade na medição dos períodos de rotação", que podem alterar ligeiramente a sua órbita. Gray afirma que eram necessárias mais observações para ter uma ideia mais precisa sobre o tempo e a localização da colisão.

Quanto à possibilidade de a colisão ser vista da Terra, Gray diz que provavelmente passará despercebida. "A maior parte da Lua está no caminho e, mesmo que estivesse do lado mais próximo, o impacto ocorre alguns dias após a Lua Nova."

Jonathan McDowell, astrofísico da Universidade de Harvard, escreveu numa publicação na rede social Twitter que a colisão, prevista para março, "é interessante, mas não é grande coisa".
Os especialistas na matéria acreditam, contudo, que a colisão poderá fornecer dados importantes. Também citado pelo jornal britânico, o meteorologista Eric Berger considera que o acontecimento permitirá a observação de material subterrâneo que será ejetado do foguetão devido ao impacto da colisão. Já Bill Gray diz que está "a torcer por um impacto lunar".

Fonte: TSF

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