Sofia Barata (texto) e NASA/Goddard Space Flight Center Scientific Visualization Studio, NASA/JPL Atmospheric Infrared Sounder Project (vídeo)
Charles Keeling, responsável pela criação da "Curva de Keeling", indicador usado para medir o aquecimento global, apercebera-se, há muito, que a terra também respirava e que os níveis de dióxido de carbono sobiam e desciam, ao longo do ano, numa relação constante com a vegetação do planeta.
Mas essa evidência é agora visível, através de uma animação criada pela NASA, onde é bem reproduzido este processo de respiração da Terra. Os gráficos foram feitos a partir das medições de dois parâmetros: o ciclo de respiração da vegetação terrestre e o dióxido de carbono presente na atmosfera. A relação entre os dois mostra como o desaparecimento de vegetação viva (no vídeo, representada a verde) leva a um aumento de dióxido carbono (no vídeo, representado a laranja).Os dados sobre o dióxido de carbono foram compilados durante um período de tempo entre 2003 a 2010 e os valores sobre a vegetação datam de 2003 a 2006.
A animação inicia-se a 1 de Janeiro, quando é inverno no hemisfério norte e verão no hemisfério sul. Nesta altura observa-se que a vegetação viva está em maior quantidade em torno do equador e abaixo deste.
Ao longo do vídeo é visível o processo de respiração da Terra, facilmente explicado pela renovação e crescimento da vegetação, consoante as alturas do ano, nos diferentes locais.
Quando as plantas crescem, o dióxido de carbono é absorvido da atmosfera, pelo processo da fotossíntese. O oxigénio é, pelo contrário, produzido e libertado. Quando as plantas perdem as folhas e se decompõem ou são comidas por animais, dá-se a ação contrária. O vídeo mostra como o dióxido de carbono é eliminado da atmosfera pelo grande volume de vegetação nova e em crescimento.
Fonte: Revista Visão
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