Uma investigação conduzida na Alemanha sobre a biodiversidade alertou sobre a diminuição “assustadora” no número de intensos durante a última década.
De acordo com o novo estudo, cujos resultados foram publicados na revista Nature, o fenómeno afetou especialmente áreas de pastagem próximas de terrenos cultivados de forma intensiva, havendo também registo desta queda em áreas protegidas e florestas.
A investigação foi realizada entre 2008 e 2017 por uma equipa de cientistas internacionais, que recolheu mais de um milhão de artrópodes de 300 locais diferente na Alemanha – Brandemburgo, Turíngia e Baden-Württemberg.
No total, mais de 2.7000 espécies foram analisadas, estando muitas destas em declínio. Nos últimos anos, houve até espécies raras que a equipa não conseguiu encontrar.
O ecologista Wolfgang Weisser, da Universidade Técnica de Munique e um dos autores da análise, disse que foi uma “surpresa” observar este declínio num espaço de tempo de dez anos. Em comunicado, a equipa frisa que o declínio é maior do que se suspeitava.
“É assustador, mas [o declínio encontrado] está em linha com a imagem apresentada por número crescente de estudos”, acrescentou o especialista, citado na mesma nota.
O declínio nas populações de insetos repetiu-se nos diferentes ambientes estudados e ocorreu com maior intensidade nas pastagens, principalmente nas que são cercadas por quintas e áreas cultivadas, onde a queda foi de 78%.
Ou seja, nas áreas mais afetadas apenas foi encontrado um terço das espécies anteriormente observadas. Por outro lado, nas florestas, o desaparecimento foi de aproximadamente 40%, o que revela que “a perda não se limita aos habitats abertos”.
Fonte: ZAP
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