Este mundo deverá ser mais pequeno que a Terra e viaja pela Via Láctea sem orbitar nenhuma estrela. A sua massa está entre a Terra e Marte.
Os astrónomos descobriram um pequeno exoplaneta a vaguear pela Via Láctea, sem orbitar nenhuma estrela. Este parece ser um dos planetas mais pequenos descobertos, com dimensões inferiores à Terra. A sua massa situa-se entre os valores da Terra e Marte, avança o Space.com, sendo um tipo de planetas que os cientistas chamam de “rogue planet”.
Os cientistas da Universidade de Varsóvia, na Polónia, explicam que a sua descoberta demonstra ser possível detetar planetas a flutuar livremente, de massa inferior, através da observação de telescópios da Terra. E ao confirmar-se, esta descoberta pode ser um grande passo no estudo desta família de planetas, que se julga serem abundantes na galáxia, mas muito difíceis de serem detetados.
Até agora, os astrónomos descobriram mais de 4.000 exoplanetas, que já foram confirmados. A maioria deles foram detetados através do seu brilho, quando se movimentam e cruzam com a sua estrela do ponto de observação. Mas com os Rogue Planets isso não acontece pela inexistência de uma estrela.
Tiny rogue planet is the smallest free-floating exoplanet candidate yet https://t.co/NCPKgJBb4h pic.twitter.com/v0xbu83h66
— SPACE.com (@SPACEdotcom) October 29, 2020
Este planeta, observado pelo Observatório Las Campanas, no Chile, foi detetado através de uma técnica chamada microlente gravitacional. Segundo é explicado, este método de “caça ao planeta” envolve a observação de objetos no primeiro plano a passar em frente de estrelas distantes, que servem de fundo. Quando isso acontece, o corpo mais próximo atua como uma lente gravitacional, aumentando a luz da estrela de forma a revelar a massa desses objetos, entre outras características.
As hipóteses de observar eventos de microlente são muito ténues, porque os três objetos: fonte de luz, lente e observador têm de estar perfeitamente alinhados, refere Przemek Mroz, investigador do instituto de Tecnologia da Califórnia, autor do estudo. “Se observarmos apenas uma estrela como fonte, teríamos de esperar quase um milhão de anos para ver essa fonte ser usada como microlente". Falta agora confirmar se este planeta é realmente "independente" em futuros estudos.
Os astrónomos consideram que a maioria destes planetas nasçam de uma forma "normal", através de gás e poeira a girar em torno de uma recém-formada estrela. Mas estes mundos são eventualmente descascados dos seus sistemas nativos através de interações gravitacionais com outros corpos, especialmente com os seus irmãos gigantes gasosos. A teoria é que a maioria destes planetas rogue ejetados desta forma são mundos rochosos com massas entre 30% a 100% da Terra, segundo refere Przemek Mroz.
A NASA prepara-se para lançar o telescópio espacial Nancy Grace Roman, construído para fazer observação através de microlentes, e catalogar cerca de 250 planetas rogue, incluindo uns 60 que têm massa semelhante à Terra ou mais leves.
Fonte: SapoTek
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